10 de junho de 2009

Dante 01 (2008)

Um filme de Marc Caro








O futuro, em pleno espaço, num local esquecido. Uma estação espacial que funciona como uma prisão de máxima segurança onde só aqueles que realmente são perigosos são enviados. O único sobrevivente de um encontro com um ser alienígena chega à prisão. Mas este homem tem algo diferente dos outros, tem um poder inexplicável de curar e ser curado. E quem o trouxe sabe disso. Mais não digo.

Visualmente, o filme é assombroso, arrebatador. Ficção científica pura e dura, “Dante 01” torna-se num filme negro e claustrofóbico. Podemos dizer que se trata de um thriller de science fiction que Caro cria espectacularmente. Visualmente, Caro já tinha dado provas na sua parceria com Jeunet nos aclamados “Delicatessen” e “La Cité des Enfants Perdus”. Mas relativamente à mise-en-scène, foi uma prova de como Caro é igualmente competente.
Esteticamente é poderoso, fantástico. Para quem gosta de thrillers, de filmes de ficção científica, apocalípticos e futuristas, então este “Dante 01” é o indicado. Como já disse, Marc Caro torna o filme negro, claustrofóbico e a comparação com “Aliens” de David Fincher é irrefutável. Todo o ambiente negro e de enclausuramento que Caro cria lembra o filme de Fincher. Até o facto da acção se passar numa estação espacial para onde os criminosos da pior espécie são mandados faz analogia à obra de Fincher. Mas enganam-se aqueles que pensem que “Dante 01” é um filme fácil. E aí é que Caro ganha pontos, é aí que “Dante 01” me agrada, ao criar um filme visualmente fantástico mas complexo, que nos faz estar atentos a cada detalhe do filme.
Pessoalmente, gostei. Não é nenhuma obra-prima, nem de longe nem de perto, mas é um bom filme. Se o tão esperado “Avatar” chegar perto deste, temos filme.

11 comentários:

O Narrador Subjectivo disse...

Na última imagem, o gajo do canto inferior direito parece o realizador Gaspar Noé, lol!

Parece um filme porreiro.

LN disse...

É muito Chaser...

Decker disse...

A mim o filme lembra-me o cubo. este vi-o no fantas. é um filme sem dúvida claustrofóbico, mas no entanto um pouco distante. não acho (e digo-o pessoalmente) que o filme consiga atrair o espectador para dentro dele e obriga-lo a partilhar o sufoco, o que é pena.

Álvaro Martins disse...

Passenger,
e talvez seja, lol

LN,
;)

Decker,
sim, também faz lembrar o Cubo (embora o Cubo não seja um thriller), mas acho que tem mais a ver com o Aliens.
Quanto ao conseguir atrair para dentro do filme, são opiniões, a mim prendeu-me durante o filme inteiro.

Filipe Machado disse...

Epá!!! Aqui temos, à partida, um filme que assenta realmente num dos meus géneros preferidos!! Desconhecia a sua existência. Prioridade máxima de visionamento. Obrigado!

Participa na sondagem "Melhor James Bond com Peter Sellers, George Lazenby, Timothy Dalton e Daniel Craig” até ao dia 15 de Julho 2009, em http://additionalcamera.blogspot.com.

Decker disse...

não discordo que o filme prenda o espectador, simplesmente acho que não o sufoca, ou seja não é um sunshine. quanto ao cubo pudemos dizer que é um thriller psicológico embora não siga a totalidade das regras que seriam de esperar. este é mais "clássico" quanto às regras do thriller, mas é um pouco pretensioso - quer ser apocalíptico mas não chega lá, quer ser gótico mas a velocidade narrativa não lhe permite. mas concordo talvez se pareça ao alien 3 e um pouco do THX sem o experimentalismo e o minimalismo. Cá para mim falta o Jeunet

Álvaro Martins disse...

Filipe,
;)

Decker,
sim, não chega ao que pretende ser e também gostei mais do Sunshine do Boyle.
E sim, falta Jeunet.

Raphael Schmitz disse...

Uma indecência comparar esse filme com alien, ou até mesmo com event horizon, sunshine e até mesmo o cubo. Fraco, monotono e aberto ao extremo. É o tipo do filme falso-denso, você pensa que deve haver algo que deixou passar mas não, não há nada ali, puro experimentalismo ruim de narrativa e trama. O único merito são algumas cameras inusitadas como a do chuveiro no inicio e as que passam vertigem de fato. Fora isso, é perda de tempo.

Álvaro Martins disse...

Raphael, aconselho-te a voltares a ver o filme.

moacyr junior disse...

pra ser sincero, um filme bom. apesar de a ultima sequencia no cara no espaço igual uma cruz com todas aquelas repetições, quase cai pra traz de tanto que prendi a respiração da agonia que senti, e isso me agradou muito. Eu acho que sempro espero demais de filmes de ficção. não tolero por exemplo erros como por exemplo: uma nave daquelas não ter outra passagem a não ser pela agua fervendo que apareçe. Ora bolas... Ter nanotecnologia e se um maluco muda a senha atravéz de um gato feito em um painel, a nave é jogada no magma. tanta inocencia.

Lagosta Azul Cozida disse...

Esse filme é um LIXO. O protagonista é Jeus, tudo na historia é o mito propagandista cristão. Loby Cristão ridículo. Criatividade? Uma nave onde o sistema de segurança fica na ala dos presos, com oleo fervente? ah por favor, vão assistir Alien para ter alguma referencia. Buda um assacino? Ressucitar Lazar e morrer e ressucitar, que marketing desesperador! E a cena final crucificado numa nave para trazer vida ao planeta... TERRA PRATICAMENTE? Vcs não notaram isso? Mergulhar em oleo fervente com uma roupa de fita crepe e oculos escuros para nao torrar! E MORRER quando o oculos cai, ISSO É UMA OFENSA aos filmes B da década de 1980. Ou, vcs não assistiram mesmo filme que eu? Por que o que eu assiti é um decadente pastiche cristão com roupagem cientologica. Foram 2 horas de vida que nunca vou recuperar. Citar Junon ao comentar esse filme é um afronto ao gênio! NÃO ASSITAM É PODRE! MAL FEITO! FEDE!