22 de abril de 2010

Les Herbes Folles (2009)










Compreendo perfeitamente (e concordo) o que Vasco Câmara quis dizer com "O que ele continua a propor é solitário, selvagem, inóspito: a liberdade do espectador. É com isso que conta. Viva isso! É que isso, se formos capazes de descobrir, pode ser tão intenso, tão saturado de experiências, tão capaz de se concretizar em mundos novos e sensações novas como... um qualquer 3D (ainda para mais sem o desconforto dos óculos...). Essa é a cara de "Ervas Daninhas", filme mal educado, inclassificável, impossível de domesticar."
Porque é isso mesmo que define o cinema de Alain Resnais (desde Marienbad a este Ervas Daninhas), essa "narração labiríntica" como disse Luís Miguel Oliveira, essa forma de criar cinema, inexplicável, deixado ao critério de cada um. Les Herbes Folles é esse "cocktail" (cito novamente L.M.O.) de cores, do absurdo daquela relação amorosa entre aqueles dois seres de meia-idade, da quase, mais que labiríntica, narrativa surreal. Les Herbes Folles é o filme deixado em aberto. Não para sequelas mas sim para a imaginação do espectador. Grande Resnais.

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