26 de outubro de 2010

Anatomy Of A Murder (1959)









Filme de espaços é o que mais me ocorre para falar de Anatomy Of A Murder. Espaços para os actores brilharem (Stewart e C. Scott em grande). Filme de ambiguidades e de perversidades (lá está a perversidade que falava há tempos no cinema de Preminger, as obsessões, a conotação sexual, a sua atracção pela imoralidade do ser humano). O que (entre outras coisas) me faz gostar tanto de Preminger (particularmente este e The Man With The Golden Arm) é o jazz a pautar aqueles momentos. O jazz em sintonia com o cinema (lembro-me de Kansas City como outro exemplar disto que falo). Isto é cinema ao qual Hollywood já não é familiar. Preminger foi um grande cineasta, isso é indubitável. E aqui, como em quase toda a sua obra, os enquadramentos e movimentos de câmara são brilhantes. Grande Preminger.

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