6 de julho de 2011

The Tin Star (1957)
Anthony Mann

Fala-se muito nos westerns psicológicos de Mann como principal característica, verdade inegável, coisa que The Tin Star é até ao tutano, filme do recomeço, do voltar a acreditar, implosão irascível que nasce logo no momento inicial do filme, no primeiro plano-sequência, primeiro olhar sobre o homem, a apresentação do caçador de recompensas outrora xerife, homem frio, parco de palavras. Será ali, naquela cidade, que Fonda (ou Hickman) vai receber a maior recompensa de todas, o perdão ao mundo, a Deus, o renascer do homem, do Xerife, do homem da lei e da justiça, o reacreditar. Tudo implode até ao final, até àquele duelo final que traz a recompensa, tanto para Hickman como para Ben Owens, esse outro de justiça e de integridades, é a eminência do confronto até àquele momento, momento-coragem, de confiança, é o triunfo da justiça, o fim dos foras-da-lei ou o prenúncio desse fim, da impunidade dos fora-da-lei dentro da lei. Para Hickman será também a amizade com o puto e a paixão que vai crescendo por Nona que o empurrará para esse recomeço, esse renascer para a vida. O recomeço total, é isso que The Tin Star é, um grande filme sobre o renascer de um homem.

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