16 de agosto de 2012

“Róża” dum tal de Wojciech Smarzowski (que depois de pesquisado se verifica que fez tantos filmes como telefilmes - três - ou seja, de desconfiar), é coisa negra e erosiva, sóbria e fria, nada das sensibilizações e das choradeiras e da abundância dos lugares-comuns do costume deste tipo de filmes (segunda guerra mundial, holocausto), coisas que recentemente vi no “In Darkness” por exemplo, é tudo longe disso, coisa caótica, intempestiva, coisa que irrompe das cinzas e da imensidão do tormento e da brutalidade do inferno da guerra e da desumanização, logo, portanto, coisa de martírios e de tragicidades e de pulsões intempestivas, tudo tão imensamente caótico e desumano numa guerra aberta (leia-se condenação) ao exército vermelho, coisa que brota da perda e da impiedade, imersão abismal na irascibilidade e nas atrocidades humanas, encontro de almas feridas e mutiladas pelo horror da guerra.

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